segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Corola E Cólera

Dentro daquela caixa tem um esquecimento: vapores suspensos.
Coisa curiosa a fumaça do pacote.
Coisa que oculta o azul do céu: em combustão.
A poeira que se elevou do solo assentou depois da chuva.
E na noite todos dormiam.
E tudo era sombra.
E nada sabiam.

Em vão mãos cavam o chão, não encontram nada
e ficam em cólera.
O obscuro, o monturo,
as faces sem rosto no lúgubre.
Esquecem ou omitem.

Roda argola e agora gira o que faz depois?
Abre-se a corola da flor
Em meio de tudo,
no entorno em ascensão acende um luzente.
Voa um mensageiro, tocando cítara.
Um pirilampo alado.

Tempo de sair do fundo do tempo.
Tempo de correr no oposto do tempo.
O tempo que não está no relógio.

...

Vazio do início,
para filtrar,
desde o começo
o que era pronto.

Infinito
reciclado em fases.
Pensando no pensar
segue o trilho
suspenso.