Este desenho começa
com lápis e tinta na folha
riscos que passam rápido
e caem aqui como gota.
Visto outro céu
sem travas,
um espaço
que chove canções
ainda não decifradas.
Depois de polir
a pedra bruta
entre um eco
e um afeto.
Em túneis
de labirintos e círculos,
com olhos invisíveis
dentro da pele,
o lugar mais profundo
do oceano
qual mapa igual
não existe.
Mas desperta
a nascente,
do rio
dentro da gente
de esquinas
em infinitos
dos trilhos,
sem aviso
na estação.
Da janela do trem
avista-se o abismo
mas existem caminhos
esses sentidos
que sutilmente dançam.