Vem o vento que vi ventríloquo. Vai que move o pé,
a boca, e a mão do boneco.
Desmiolado, o fantoche refém do ventríloquo, que é sem ser
ninguém.
E quantos ventam no ar que outros movem,
sem saber, quem são?
Que continuam, apenas querendo, ser aquele que o
movimenta?
Os seus membros moles, e sem pensar
quem manda
e mexe o fio que comanda o poder. É tão louco, sem sentido.
E os comandados, pelo ventríloquo, sem emoção própria
são sombras do comando.